As estimativas de 2008 para as zonas urbanas de Angola sugerem que 86 % da população tem acesso a um saneamento melhorado, 13 % a saneamento não melhorado e que só 1 % defeca ao ar livre. Nas zonas rurais, só 18 % da população usa um saneamento melhorado, 29 % um saneamento não melhorado e 53 % tem de defecar ao ar livre (WHO e UNICEF 2010).
As doenças diarreicas estão muito propagadas em Angola onde existem as taxas mais elevadas do mundo. A Cólera constitui particular perigo com surtos graves em todo o país nestes últimos anos.
A única infra-estrutura para águas residuais na bacia do Kunene está situada nas partes mais elevadas da bacia, no Huambo, com uma rede de esgotos que serve o centro da cidade. No entanto, a disponibilidade limitada de água potável da rede pública tem um impacto sobre a operação da rede de esgotos. Há uma combinaçao de fossas sépticas e latrinas secas que serve à maioria da população urbana apesar de que muitos habitantes ainda não têm acesso a qualquer saneamento.
Nenhuma das outras cidades na bacia, como o Lubango e a Matala, tem sistemas de esgotos ou estações de tratamento de águas residuais. É bastante provável que algumas residências domésticas e todos os grandes edifícios comerciais e administrativos tenham fossas sépticas mas a grande maioria da população ainda só tem acesso a simples latrinas secas.
Nas zonas rurais e nas aldeias mais pequenas, é raro haver Saneamento Melhorado.
No âmbito do Projecto de Abastecimento de Água Transfronteiriço do Rio Kunene (KTWSP) e da execução da 2ª Fase do Plano Director de Água da Província de Kunene, estão planeadas em todas as cidades e aldeias na área do projecto, redes de esgotos e a construção de estações de tratamento de águas residuais a preços aceitáveis.

Instalações de saneamento melhorado numa área rural.
Fonte: Tump 2007
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