Os sistemas de governação da água não incluem apenas “o governo” mas também as autoridades locais, o sector privado e a sociedade civil (Kranz et al.)A sociedade civil na Namíbia e em Angola está rapidamente a aumentar as suas actividades e papéis. Há muitas ONGs nacionais e internacionais activas na bacia do rio Kunene e as igrejas desempenham um papel importante, embora a sua colaboração com as autoridades de governação aos vários níveis ainda seja muito incipiente. De uma maneira geral, a colaboração com as administrações e a participação em processos de decisão ainda são reduzidas devido à falta de capacidade e à forma como as ONGs são consideradas pelas administrações.
Um desafio importante para a GIRH será estabelecer a ligação entre a sociedade civil e as entidades administrativas no sector da água para que tomem as decisões em conjunto e monitorizem os recursos naturais com o envolvimento das comunidades locais. Isto tem de incluir a capacitação das ONGs, das organizações de base comunitária (OBCs) e dos actores das igrejas em monitorização ecológica e GIRH.
No contexto da gestão transfronteiriça dos recursos hídricos, a sociedade civil inclui dois tipos especiais de actores (stakeholders):