Os organismos usam energia para manter as suas funções biológicas e permitir o seu crescimento e a sua reprodução. A matéria orgânica produzida em excesso por autótrofos e heterótrofos acrescenta-se á biomassa total do ecossistema. A biomassa em um ecossistema inclui a massa de toda a matéria orgânica viva e morta. A produção é definida como o aumento gradual da biomassa produzida pelos organismos durante um período de tempo. Estimativas da biomassa e produção podem ser usadas para avaliar a saúde de ecossistemas aquáticos.
Produção primária refere-se á produção de matéria orgânica, tal como células novas, principalmente de plantas fotossintéticas. É expressa em taxa de produção de biomassa - por exemplo, a quantidade de madeira produzida em cada ano.
Produção secundária é a assimilação de matéria orgânica e construção de tecido por heterótrofos e poderá envolver animais que se alimentam de plantas, animais que se alimentam de outros animais ou microrganismos que decompõem organismos mortos para obter recursos (matéria, energia, nutrientes) necessários para a produção de biomassa. A produção secundária é também expressa em taxa de produção de biomassa, tal como a quantidade de carne produzida anualmente por gado no pasto.
Plantas vivas e tecido animal irão acumular-se em um ambiente produtivo ao longo do tempo. A biomassa é a quantidade acumulada deste material em um determinado momento, enquanto a produção é a taxa do aumento total da biomassa. Em um sistema fluvial, a biomassa pode se perder através da exportação (tal como o transporte para jusante), ou adquirida pela importação de outros sistemas (tal como plantas que caem em um curso de água).
Estimativas de biomassa e produção podem ser aplicadas a várias escalas espaciais e a grupos grandes ou pequenos de organismos tais como a todos os organismos em um lago, a todos os peixes em um lago ou a todos os peixes amarelos em um lago. É sempre difícil estimar a produção uma vez que é necessário, entre outras coisas, medir a biomassa com precisão, repetindo a medição em intervalos consistentes durante um longo período.
Níveis altos de biomassa não são necessariamente indicadores de níveis altos de produção e vice-versa. Por exemplo, a biomassa de plâncton em um corpo de água pode ser baixa mas porque o plâncton cresce e se reproduz rapidamente, a população de plâncton pode substituir-se com relativa rapidez – tendo assim uma taxa alta de produção.

Esta figura ilustra os fluxos de energia relacionados com a acumulação de biomassa num animal individual. A energia é obtida através de alimentos, enquanto é consumida ou perdida em processos metabólicos (i.e., respiração) e excreção de resíduos.
Fonte: NTEP 2009
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