A energia e matéria produzida pelas plantas e outros autótrofos são distribuídas a outros organismos em um ecossistema através de caminhos conhecidos por cadeias alimentares e teias alimentares.
Uma cadeia alimentar é uma ligação simples de produtores para consumidores através de relações de alimentação. Por exemplo, quando um peixe pequeno come um insecto aquático ou quando um peixe grande come o peixe pequeno, os dois peixes e o insecto estão ligados por uma cadeia alimentar.
Teias alimentares são mais complexas e consistem em uma rede de cadeias alimentares ligadas. Os organismos geralmente consomem e são consumidos por mais de um tipo de organismos. Cada organismo tem preferências, padrões alimentares e características diferentes e pode ser uma presa para outros consumidores. As teias alimentares ligam autótrofos, ao nível alimentar mais baixo, aos herbívoros (consumidores primários) e depois a vários carnívoros (consumidores secundários). Abaixo, está descrita uma teia alimentar simplificada.

Exemplo de uma teia alimentar (FPOM=Partículas Finas de Matéria Orgânica).
Fonte: Hatfield 2007
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O nível trófico é a posição de um organismo na cadeia alimentar conforme determinado pelo número de etapas de transferência de energia requerido para alcançar aquele nível (Begon et al. 1990). Um peixe que tenha consumido um insecto que por sua vez acabou de comer uma alga, está em um nível trófico mais alto do que o insecto.
Nos rios, como na maior parte de outros sistemas aquáticos e terrestres, a energia na base da teia alimentar provém da energia solar estabelecida pelas plantas (através da fotossíntese) que crescem na água ou em terra.
A energia que deriva das plantas terrestres entra na água em forma de partes de plantas, tais como folhas ou galhos, ou em forma de matéria orgânica dissolvida. Esta matéria é usada como fonte de energia por microrganismos, tais como fungos e bactérias e por invertebrados. As plantas do rio são também importantes nas teias alimentares – as algas microscópicas são geralmente consumidas quando vivas, enquanto a maior parte das plantas aquáticas maiores entram para a cadeia alimentar depois de mortas.
Interacções em cascata ocorrem em teias alimentares, quando um grupo de organismos afecta indirectamente outro. Por exemplo, quando predadores consomem herbívoros, as plantas que, de outro modo, os herbívoros teriam consumido, irão multiplicar-se. Por causa da complexidade das interacções, a alteração de uma teia alimentar através da introdução ou remoção de espécies poderá ter resultados imprevisíveis. A modelagem de um ecossistema em termos de cadeias alimentares e teias pode todavia ajudar-nos a compreender como tais alterações poderão afectar o ecossistema.
O diagrama abaixo é um exemplo de uma teia alimentar. Para explorar teias alimentares com maior detalhe, tente a componente Interactiva de Teias Alimentares (localizada no lado direito desta página).