Salinidade refere-se à quantidade de sal na água causada pela dissolução de minerais das rochas, do solo e da decomposição de material vegetal. O nível de salinidade num rio depende dos ambientes geológicos e climáticos através dos quais o rio passa. Salinidade aumenta a jusante, uma vez que os sais são continuamente adicionados através de processos naturais e antrópicos, tais como mineração, indústria e agricultura, e são minimamente removidos através de intervenções tecnológicas ou diluídos pelas chuvas (du Preez et al. 2000).

Solo incrustado de sal.
Fonte: Reed 2009
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Altos níveis de salinidade podem conduzir à salinização de solos irrigados, redução de rendimentos agrícolas, corrosão de tubagens domésticas e industriais e a mudanças nas comunidades bióticas. 1 000 mg/L é considerada salinidade moderada e tolerada pelos humanos. Níveis acima dos 3 000 mg/L (alta salinidade) podem, contudo, causar danos intestinais fatais e danos renais (DEAT 2009).
Na região do curso inferior do rio Kunene, a disponibilidade de estudos e dados que dizem respeito a questões relacionadas com a qualidade da água é melhor do que em qualquer outra parte da bacia. As análises químicas da água mostram que a mineralização e por conseguinte a salinidade da água do curso inferior do rio Kunene, a jusante de Ruacaná, é muito baixa. Contudo, a precipitação pode triplicar o conteúdo da totalidade dos sólidos dissolvidos, cloreto de sódio e sulfato de sódio (Hannan 1995).